Content feed Comments Feed

Ética e os Animais

A exclusão tem sido, ao longo dos tempos, o mecanismo mais eficaz para garantir a identidade e coesão de um grupo, quer se trate de tribos, nações, raças, sexos ou espécies, ao que a ética responde com o alargamento progressivo da esfera de consideração moral[...]

Mercado de Carbono e o Aquecimento Global

A humanidade tem sentido na pele os resultados da intervenção danosa do homem sobre a natureza, sobretudo quanto às mudanças climáticas provocadas pela excessiva emissão e concentração de gases de efeito estufa na atmosfera, gerados pelas indústrias, veículos[...]

Amazonia e o desenvolvimento sustentável

Durante muito tempo, a Floresta Amazônica foi considerada um obstáculo: havia uma concepção de que o desenvolvimento dependia de derrubar matas. Nos últimos anos, esta visão mudou[...]
CahayaBiru.com

Espécies novas!

Postado por gustavo luiz venturelli

Veja no link abaixo uma galeria de fotos com novas espécies descobertas...
http://noticias.terra.com.br/ciencia/galerias/0,,EI238-OI102717,00.html

Beija-flor (Ramphodon dohrnii)

Postado por Lucas Rodrigo Gonçalves

Bico quase reto e de mandíbula esbranquiçada. Todas as retrizes (penas da cauda) são da cor bronze-metálico uniforme, tendo as laterais (quatro de cada lado) a ponta branca.

Classe: Aves

Ordem: Apodiformes

Família: Trochilidae

Nome científico: Ramphodon dohrnii

Nome vulgar: Beija-flor

Categoria: Ameaçada


Características: Bico quase reto e de mandíbula esbranquiçada. Todas as retrizes (penas da cauda) são da cor bronze-metálico uniforme, tendo as laterais (quatro de cada lado) a ponta branca. As partes superiores são bronzíneo-esverdeadas e as partes inferiores cor de canela. As zonas superciliares e malares são brancas e a área pós-ocular é negra. A maxila é preta, a mandíbula amarela com ponta escura e os pés são amarelos. A fêmea tem o bico mais curvado, como também uma coloração mais pálida.

Voz: estrofe descendente, com três a quatro assobios fortes.

Nidificação: O ninho é construído na face inferior das folhas de bananeiras e palmeiras, com paredes finas, através das quais se vêem os ovos. É feito de fragmentos filiformes de plantas, intercalados com líquens e fragmentos maiores de plantas.

Incubação: O tempo de incubação é de 15 dias e os filhotes permanecem no ninho por 27 dias. A época da incubação é de setembro a fevereiro. Ovo: 0,75 g, 17 x 10 mm. Asa 68 mm - cauda: 39 mm - bico: 29 mm.

Alimentação: Néctar. Retira o alimento de orquídeas, batendo as asas 80 vezes por segundo.

Comprimento: 12,2 a 13,7 cm.

Ocorrência Geográfica: Matas litorâneas do sul da Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Observação: Helmut Sick cita apenas o município de São João da Barra/ES.

Cientista que descreveu: Boucier e Mulsant, 1852.

Categoria/Critério: Ameaçada. É um dos beija-flores mais ameaçados devido ao desmatamento desenfreado, que levou a uma extrema redução de sua população. Listada no Anexo I da CITES.

Fonte: MMA/SINIMA

Baleia-jubarte (Megaptera novaeaengliae)

Postado por Lucas Rodrigo Gonçalves

Animal de dimensões imponentes facilmente distinguível dos demais pelo exagerado tamanho das nadadeiras peitorais longas e estreitas que chegam a medir um terço do comprimento total do corpo

Classe: Mammalia

Ordem: Cetacea

Família: Megaptera

Nome científico: Megaptera novaeangliae

Nome vulgar: Baleia-jubarte

Categoria: Vulnerável

Características: Animal de dimensões imponentes facilmente distinguível dos demais pelo exagerado tamanho das nadadeiras peitorais longas e estreitas que chegam a medir um terço do comprimento total do corpo. Possui uma pequena nadadeira dorsal, de formato variável, mas tipicamente trapezoidal. A cabeça é alongada; na parte superior e nas margens da mandíbula apresenta nodosidades e protuberâncias irregulares que também ajudam a identificar a espécie. Tem cerca de 15 a 35 pregas ventrais que se estendem desde a região da garganta até o ventre. A cor é preta pardacenta, com manchas esbranquiçadas na barriga e sob as nadadeiras, estas por vezes completamente claras. Entre as grandes baleias é a espécie que apresenta maior comportamento acrobático. Durante o acasalamento, observa-se grande movimentação e procedimentos grupais ruidosos. Nada lentamente e salta fora d'água. Deixa aparecer a nadadeira caudal ao mergulhar. A pele muito lisa facilita o nado e sua camada de gordura diminui-lhe a densidade. Geralmente as baleias desta espécie são avistadas sozinhas ou acompanhadas por um baleote nas épocas de reprodução. Pequenos grupos de 3 a 5 baleias são também freqüentes. Congregam-se em número maior nas áreas de alimentação. A dieta é variada incluindo principalmente crustáceos e pequenos peixes. Um método curioso de captura das presas é a emissão de uma cortina cilíndrica de bolhas em torno dos cardumes, para concentrá-los e facilitar a captura dos peixes. Dão cria a um filhote a cada dois anos ou mais. A gestação é da ordem de 12 meses. O baleote nasce pela cauda, medindo cerca de 4,5 a 5 m de comprimento e pesando 1.300 kg. A lactação dura cerca de um ano. Emitem grande diversidade de sons que constituem "cantos" variáveis segundo as diversas populações, alterando-se também com o passar dos anos.

Peso: 35 ton

Comprimento: 16 m

Ocorrência Geográfica: São animais migratórios, como acontece com a maioria das grandes baleias, ocorrendo em todos os oceanos desde as regiões polares às baixas latitudes. Migram para regiões mais quentes, junto ao litoral, durante o inverno e a primavera. Durante as migrações para reprodução, concentram-se nas proximidades das massas continentais. No Brasil, são avistadas com maior freqüência em águas rasas da plataforma continental e na proximidade de bancos oceânicos. A região do Banco de Abrolhos é uma área de grande importância para a reprodução, provavelmente a mais significativa do Atlântico Sul. Vivem tanto em alto mar, como perto das costas, em águas profundas e em baías mais rasas. A população do Atlântico Sul freqüenta a costa do Brasil durante o inverno e primavera. No verão, voltam para o Oceano Antártico onde se alimentam.

Categoria/Critério: Classificada pela IUCN na categoria Vulnerável. Incluída no Anexo I da CITES.

Cientista que descreveu: Borowsky, 1781

Observações adicional: Como acontece com todas as grandes baleias, o colapso populacional deveu-se à caça comercial praticada até meados do século XX. No litoral brasileiro, verificam-se encalhes, enredamento nos equipamentos de pesca e colisões com embarcações. Na região de Abrolhos, foi comprovado que o tráfego de embarcações interfere na presença e comportamento das baleias.

Baleia-azul (Balaenoptera musculus)

Postado por Lucas Rodrigo Gonçalves

É o maior animal vivo da Terra e provavelmente o maior ser vivo de todos os tempos.

Classe: Mammalia

Ordem: Cetacea

Família: Balaenopteridae

Nome científico: Balaenoptera musculus

Nome vulgar: Baleia-azul

Categoria: Ameaçada

Cosmopolita, ocorre em todos os oceanos. É o maior animal vivo da Terra e provavelmente o maior ser vivo de todos os tempos. O comprimento dos machos é de 25 m e o das fêmeas 27 m. Há registro de uma fêmea com 32 m e outra com 30m. Pesando respectivamente 136.000kg e 160.000 kg. Os filhotes nascem com cerca de 7 m e 2.500kg de peso. Vive em grupo de dois a três indivíduos. Pode nadar a até 30 km/h. Comunica-se por sons. Alimenta-se preferivelmente de krill, podendo consumir até 8.000 kg num dia.

Camping - Acampamento

Postado por Lucas Rodrigo Gonçalves

Quem pratica o campismo busca um maior contato com a natureza tendo em vista que, em muitos recantos naturais, não existe a infraestrutura de hotéis e pousadas, além das despesas serem menores. 

 É comum que os praticantes de atividades ao ar livre tenham sua imagem automaticamente associada à preservação do meio ambiente e a assuntos ecológicos. Se você acampa ou pratica montanhismo, por exemplo, é bem provável que algum dia alguém queira saber sua opinião sobre o destino das reservas naturais ou o que você achou da última ação do Greenpeace no mar do Norte.

No entanto, nem sempre a prática da atividade ao ar livre está atrelada à postura ambientalista. Neste caso, numa situação como a citada acima, você notará uma certa indignação por parte de seu interlocutor se você, que acampa, escala ou pratica iatismo, não se preocupa com o meio ambiente.

 É importante ter em mente alguns preceitos básicos para que se evite contribuir para a destruição do meio ambiente, mesmo que indiretamente ou simplesmente por descuido ou ignorância de determinados fatos.

Uma postura ambientalista por si só já é efetiva, por exemplo no maior uso de artefatos fabricados com material reciclado, conhecimento da procedência da matéria-prima das coisas que você compra, cuidados com seu lixo.

Vale sempre a conhecida frase: "Pense globalmente, aja localmente". Esteja ciente dos principais problemas de nosso planeta e faça tudo o que for possível na sua vida diária para contribuir para sua conservação.

Existem dois tipos de camping, o organizado e o selvagem.

- Áreas de camping organizado são áreas com banheiros, energia elétrica, churrasqueiras, guarda, etc., existem na maior parte das cidades turísticas, com preço da diária variando entre R$ 2,00 e R$ 15,00, dependendo do local e dos recursos oferecidos. É aconselhável para campistas de primeira viagem.

- Áreas de camping selvagem são áreas onde não há infra-estrutura nenhuma para acampamentos. Tudo deverá ser improvisado: cozinha, banheiro, lava-pratos, etc. As áreas mais seguras são os parques estaduais ou nacionais, que embora não tenham áreas organizadas para camping, possuem algum tipo de vigilância e pontos de apoio a que recorrer em caso de necessidade.

 Equipamentos:

- Barraca;

- Saco de dormir ou colchonete;

- Lona; 

- Fogareiro com combustível;

- Panelas;

- Talheres;

- Lanterna;

- Pilhas;

- Machadinho;

- Sisal;

- Canivete.

 
 

O local onde a barraca será armada deve ter a superfície regular, plana e elevada, para evitar alagamento em caso de chuva (um caos!). É uma boa coisa perguntar a alguém que conheça o terreno, de preferência o guarda do camping (nem sempre confiável). O terreno deve ser permeável, de preferência gramado ou areia, pois os terrenos de terra tendem a ser menos permeáveis, além de sujarem mais a barraca. Evite as imediações de árvores, pois em caso de chuva e vento a queda de galhos ou frutos pode danificar a barraca ou a cabeça de alguém.

 
 

Dicas para os campistas:

- Respeite natureza que está nele e no local de destino, seja no campo, mata ou praia. Nada de apanhar mudas de plantas, flores, corais, cortar madeira de árvores, atirar lixo seja lá em que canto for, sujar riachos, rios, ou a própria trilha entre outros. Se você não respeitar esse local, provavelmente ele não existirá mais daqui algum tempo.

- No camping selvagem (em muitos locais, já proibido por causa da falta de respeito de alguns usuários), nunca monte sua barraca próxima às margens de um rio. No caso de uma chuva forte, sua segurança e de tudo que levou podem ir por água a baixo. O mesmo serve se estiver na praia: nada de ficar próximo ao mar.

- No caso do camping selvagem em mata fechada, sempre procure uma clareira (local onde exista espaço aberto suficiente para montar o acampamento). Monte a barraca e a noite acenda uma fogueira; muito cuidado para não incendiar a floresta e a barraca, deixe uma boa distância entre a fogueira, a barraca e a mata, lembre-se da força do vento! Ele pode estar soprando no sentido de ambas. O fogo faz com que alguns animais indesejáveis não se aproximem.

- Para fazer essa fogueira, nada de ficar cortando árvores! Sempre existem gravetos espalhados pelo chão, assim como folhas caídas das árvores. Apanhe as folhas e deixe-as sob os gravetos, acenda e eles com um tempinho, se queimarão, proporcionando a você uma boa fogueira.

- Faca, isqueiro e/ou fósforo. Itens essenciais para qualquer acampamento. Deixar que os fósforos se molhem é mancada!

- Se acampar na praia, sempre forre de areia os cantos externos de sua barraca. Já é uma proteção contra a força de um eventual vento.

- É aconselhável armar a barraca à sombra de uma árvore. À noite pode esfriar um pouquinho, mas você deve ter levado algo para se aquecer. Já durante o dia, o calor pode estar insuportável e uma sombrinha sempre ajuda! Mas, se houver ameaça de chuva, é melhor se afastar; há o perigo dos raios.

- No camping selvagem ou não, sempre tenha à mão sacos de lixo, recolha tudo que utilizou e leve de volta ou se tiver alguém responsável pelo lixo no local, dirija-se a ele. Alguns lugares fazem coleta seletiva, tendo tambores próprios para plásticos, lixo orgânico etc. Não custa nada você ajudar!

- Não deixe alimentos ao redor de sua barraca. Resto deles, nem pensar, eles atraem animais e você acaba transgredindo a dica anterior: lixo é no lixo.

- Se estiver em um local que sua barraca possa ser "invadida" por formigas, faça uma pequena cova em torno da barraca e jogue cinzas (resto de fogueira) nela. Isso ajudará a afastar as formigas e outros insetos.

- Por precaução, aconselhamos que, ao sair da barraca, deixe tudo bem trancado. Um mini cadeado para o zíper da barraca pode não garantir a segurança total dos "bens" que lá estão, mas dão um "trabalhinho" maior aos intrusos.

- É sempre bom levar um colchonete, principalmente se você for ficar acampado por muitos dias. Existem vários colchões infláveis no mercado, até para casal. Mantas, lençóis, cobertores ou sacos de dormir são dispensáveis, depende de você.

- Dobrem as roupas como um "rocambole": é mais prático para achar alguma peça e sobra mais espaço para a velha companheira de carga carregar outras coisas, como um kit de higiene pessoal (que é barra se você esquecer!).

- Outra coisa chata de esquecer é o repelente. Caso tenha esse azar, amasse cravos-da-índia com álcool em um recipiente, deixando de molho por duas horas. Passe no corpo, mas cuidado com o fogo, espere o álcool evaporar.

- Nada de guardar gás descartável ou botijões dentro da barraca. Eles podem vazar e causar uma explosão. Já presenciamos barraca pegar fogo por causa disso. Cuidado!

Fonte: www.acampar.net

Bird-Watching

Postado por Lucas Rodrigo Gonçalves

Bird watching é a observação de pássaros em geral. Esta prática é originária dos Estados Unidos e Inglaterra, trata da observação de pássaros em geral, em seu habitat natural, ou seja, praças, parques e terrenos são próprios para o esporte. Conhecimentos sobre ornitologia, do local e dos ecossistemas são necessários.

 
 

Equipamentos:

- Roupas e chapéus de cores discretas e neutras (verde, oliva, caqui); 

- Binóculo;

- Cadernetas para anotação;

- Máquina fotográfica; 

- Gravador e filmadora.

 
 

Locais para a prática:

São Paulo

- Parque Estadual da Cantareira

- Parque Estadual da Ilha do Cardoso

- Estação Ecológica Juréia-Itatins

- Horto Florestal de Ubatuba

Rio de Janeiro

- Parque Nacional de Itatiaia

- Parque Nacional da Tijuca

Fonte: Ambiente Brasil

Petar é uma sociedade civil sem fins lucrativos. Foi criado em outubro de 1995, com o objetivo geral de contribuir para a conservação e o uso sustentável da diversidade biológica do País.


 

FUNBIO - Fundo Brasileiro Para a Biodiversidade

É uma sociedade civil sem fins lucrativos. Foi criado em outubro de 1995, com o objetivo geral de contribuir para a conservação e o uso sustentável da diversidade biológica do País.

Em suas ações envolve busca, captação, potencialização e distribuição de recursos para ações de conservação e uso sustentável da biodiversidade. Estimula o desenvolvimento de empreendimentos ambientais economicamente sustentáveis.

O FUNBIO tem como público-alvo o empresariado que atua no país, organizações não governamentais com projetos abrangendo a conservação e o uso sustentado da biodiversidade e as comunidades locais beneficiárias dessas ações.

 
 

PROGRAMA MPE – Melhores Práticas Para o Ecoturismo

Como uma das áreas de atuação do FUNBIO, o Programa MPE tem como objetivo capacitar e treinar recursos humanos para este setor e definir um conjunto de melhores práticas que sirvam de referência para projetos de ecoturismo localizados em áreas remotas do País e está sendo desenvolvido segundo o Projeto Pólos de Ecoturismo da EMBRATUR.

Para o desenvolvimento das atividades no Pólo Ecoturístico do Vale do Ribeira / PETAR, houve um esforço conjunto para a formatação de uma parceria entre o Programa MPE/FUNBIO e o CNRBMA. 

 
 

Reserva da Biosfera da Mata Atlântica

Declarada pela UNESCO (Organização das Nações Unidas Para a Educação, a Ciência e a Cultura) em 1991, é a primeira Unidade deste tipo reconhecida no Brasil. A Reserva da Biosfera da Mata Atlântica é administrada por um Conselho Nacional, sediado em São Paulo, e Comitês Estaduais, os quais têm composição paritária entre representantes dos Governos Federal, Estaduais, Municipais e da Sociedade Civil (Organizações Não Governamentais, Comunidade Científica, Empresários e Moradores da Reserva).

A Reserva da Biosfera da Mata Atlântica tem como principais funções:

- Proteção da Biodiversidade

- Desenvolvimento Sustentável

- Conhecimento Científico

 
 

Na busca do desenvolvimento sustentável local, o Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica em parceira com diversas instituições, deu início a um Programa de Ecoturismo com as seguintes premissas:

 
 

- A conservação da biodiversidade e do ecossistema regional só será possível através de um processo participativo, com envolvimento direto e benefícios concretos para as populações locais, entendidas como parte desse ecossistema.

- O ecoturismo pode ser o eixo regional de uma estratégia de desenvolvimento sustentável na medida em que a região é rica em atrativos, próxima a mercados emissores; o ecoturismo pressupõe conservação e valorização de patrimônio natural e cultural, a participação local e a distribuição dos benefícios (especialmente emprego e renda); o ecoturismo pode estimular outras atividades econômicas sustentáveis na região.

- A população local, principalmente os jovens (homens e mulheres) deveriam ser os principais agentes da mudança e como tal a ação do Programa da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica deve ser prioritariamente destinada ao envolvimento desses agentes no processo.

- A principal estratégia de mudança deve passar pela capacitação profissional dos jovens (por exemplo, guias de ecoturismo), pela educação ambiental, capacitação gerencial e promoção da organização e do associativismo. A promoção da auto estima deve ser parte fundamental desse processo.

- As parcerias interdisciplinares e interinstitucionais são importantes não apenas para viabilizar operacional e financeiramente os projetos mas, principalmente para criar fóruns de articulação, definição de prioridades e estratégias consensuais entre os diversos atores.

- O processo de conservação da biodiversidade deve estar associado, igualmente à valorização da sócio diversidade e cultura locais e ambos devem ser estendidos como parte de um processo de resgate da cidadania local dentro de uma perspectiva global.

 
 

PETAR - Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira

O PETAR – Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira foi criado através do Decreto nº 32.283 de 19/05/1958, em virtude do grande número de atrativos naturais, é objeto do desenvolvimento do projeto abaixo citado, que é resultado do convênio do Programa MPE/FUNBIO e Reserva da Biosfera, com o apoio do PETAR/IF.

Este projeto ecoturístico teve início no final do mês Julho/2002, com previsão de término no final de Janeiro/2003, onde a Equipe MPE/CNRBMA composta por profissionais multidisciplinares em processo de capacitação executa o seguinte Plano de Trabalho descrito abaixo:

 
 

PRODUTO: Diagnóstico de impacto sócio-econômico no município de Iporanga-SP

Atividades:

- Definir Indicadores para Monitoramento

- Planejar e preparar Coletas de Dados

- Inventário de Meios de Hospedagem

- Inventário de Monitores Ambientais Locais

- Inventário de Funcionários do PETAR residentes no município de Iporanga/SP

- Coletar Dados Primários e Secundários

- Analisar Dados

- Elaborar relatório

 
 

PRODUTO: Diagnóstico Turístico / Inventário turístico – Núcleo Santana do PETAR

Atividades:

- Analisar Projetos Propostos e em Andamento

- Pesquisa Bibliográfica

- Documentação Fotográfica

- Elaborar Diagnóstico Turístico

 
 

PRODUTO: Perfil dos visitantes

Atividades:

- Elaborar Questionário

- Aplicar Questionários

- Analisar Dados

- Elaborar relatório que deverá subsidiar os produtos Diagnóstico Turístico do Núcleo Santana do PETAR

 
 

PRODUTO: Proposta de Gestão – Núcleo de Gestão

Atividades:

- Avaliar Modelo Atual de Gestão

- Definir Modelo de Gestão

 
 

PRODUTO: Estudo de capacidade de carga – trilha do Betari

Atividades:

- Coletar Dados Básicos

- Definir Indicadores para Monitoramento

- Definir Capacidade de Carga de Atrativos e Acessos

 
 

PRODUTO: Interpretação ambiental – trilha do Betari

Atividades:

- Mapear Trilha e Atrativos

- Pesquisar e Compilar Informações

- Definir forma de Interpretação

- Definir sinalização

- Elaborar Proposta de Interpretação Ambiental

- Definir Plano de Ações para Melhoria de Infra-estrutura existente

 
 

PRODUTO: Proposta de continuidade

Atividades:

- Avaliar Resultados do Projeto

- Elaborar Proposta de Continuidade

 
 

PRODUTO: Propostas de capacitação

Atividades:

- Levantar necessidades de capacitação

- Propor plano de capacitação

 
 

A metodologia e os resultados deste trabalho, serão apresentados e divulgados a todos os atores envolvidos, inclusive a comunidade do Bairro Serra de Iporanga, em evento com data e local a serem definidos (provavelmente será no Núcleo Ouro Grosso – PETAR, no dia 29/01/3003). Certamente avisarei com antecedência. Enviaremos convite em tempo breve. Posteriormente, serão disponibilizados os produtos derivados deste projeto às Instituições envolvidas no mesmo, Associações de Monitores Locais, Grupo de Trabalho das Pousadas e á Prefeitura municipal de Iporanga.

Fonte: Ambiente Brasil

Água e Turismo

Postado por Lucas Rodrigo Gonçalves

Podemos reconhecer três grandes domínios na superfície do planeta. O maior deles é a talassosfera, a esfera formada pelas águas marinhas. A segunda é a epinosfera, constituída pela terra firme. A terceira é a limnosfera, reunindo os ecossistemas aquáticos continentais superficiais e subterrâneos.

Podemos reconhecer três grandes domínios na superfície do planeta. O maior deles é a talassosfera, a esfera formada pelas águas marinhas. A segunda é a epinosfera, constituída pela terra firme. A terceira é a limnosfera, reunindo os ecossistemas aquáticos continentais superficiais e subterrâneos.

Há quem diga que a Terra deveria chamar-se planeta Água, já que 70% da sua superfície é dominada pelos oceanos. Em termos de área, de fato, a água é soberana. Em termos de volume e de massa, porém, as rochas duras e fragmentadas em diversos graus prevalecem. Sob a mais profunda fossa abissal existe rocha de alguma forma.

Sabe-se também que a água é de vital importância para os seres vivos, quase todos eles apresentando em seus organismos uma composição semelhante à superfície do planeta: 70% de líquido. E não apenas no corpo a água é vital, senão também que no entorno de cada indivíduo.

O ser humano e a água

Desde os primórdios do Homo sapiens e mesmo dos hominídeos, a água cumpre várias funções, além de manter o organismo em equilíbrio. Nas antropossociedades de economia extrativista e de vida nômade, os ecossistemas aquáticos marinhos e continentais eram fonte de alimento, meio de higiene e via de comunicação. O naturalista alemão Hermann Burmeister, empreendendo uma expedição científica no Brasil do Século 19, escreveu que os índios eram anfíbios, pois adoravam viver na água dos rios.

Para as antropossociedades pré-urbanas de economia rural e vida sedentária, a água, além dos usos anteriores, servia também para a irrigação agrícola e dessedentação do gado. Por sua vez, as sociedades históricas viveram em estreita dependência da água, seja drenando seu excesso, seja irrigando os solos áridos para a agropecuária. Basta examinar as civilizações mesopotâmica, egípcia e andina em suas origens.

Por mais que os ecossistemas aquáticos marinhos e continentais fossem usados para a recreação, não se pode falar em seu aproveitamento para o turismo, visto que esta atividade nasce no ocidente, no Século 19.

Em O Território do Vazio, um livro que já se tornou clássico, Alain Corbin demonstra que a praia deixou de ser um lugar de desembarque e de pescadores e passou também a ser apreciada pela aristocracia e pela elite intelectual como um território a ser freqüentado para banhos, caminhadas, cavalgadas e temporadas. A praia é criada pelo imaginário europeu no final do Século 18 e merecerá obras literárias de prosa e poesia. Esta atração se estende por todo o Século 19 e chega aos nossos dias.

Há, porém, uma diferença significativa entre a maneira de olhar a praia nos Séculos 18, 19 e 20 em comparação ao Século 21. O ponto de encontro entre a talassosfera e a epinosfera foi incorporado à cultura européia como local para tratamento de doenças. Proliferaram as praias medicinais por toda a Europa e o mundo europeizado.

No Brasil, havia praias cercadas, com hotéis em que pessoas enfermas se hospedavam para recuperar a saúde. Acreditava- se que o sal e a água fria e limpa lavavam as doenças do corpo e da alma. Também os rios adquiriram este significado no imaginário ocidental. Gilberto Freyre, no intuitivo livro Nordeste, de 1937, analisa a relação da lavoura canavieira com as águas continentais. Diz ele que, na fase do engenho, que perdurou do Século 16 ao final do Século 19, o ser humano aceitou os rios com suas curvas e caprichos, sem macular em demasia suas águas. Nelas, banhavam-se nuas moças brancas e doentes pelo confinamento residencial e pelo uso de roupas inadequadas. 

As casas, prossegue ele, tinham suas frentes voltadas para os rios, com trapiches por onde desembarcavam seus proprietários e agregados bem como visitantes.

Era possível beber de suas águas sem filtração ou fervura, ainda que houvesse uma verdadeira aversão pelas águas paradas das lagoas e dos brejos. O advento da usina e do engenho central movidos a vapor, mudou a relação da agroindústria sucro-alcooleira com os rios. Pouco a pouco, as casas lhes viraram as nádegas, que passaram a despejar nas águas a calda quente e fétida resultante da produção do açúcar e do álcool.

 As águas e o turismo

Só final do Século 19 e princípio do Século 20, as águas, já dessacralizadas pela sociedade industrial, passam a despertar interesse recreativo e turístico. Marcos Polette explica como um rio, uma lagoa e uma praia passam de paraíso a inferno. Primeiramente, aparece um ricaço num ecossistema aquático rústico, habitado, no máximo, por comunidades tradicionais de pescadores. Suas belezas naturais motivam-no a conseguir um terreno por meios lícitos ou ilícitos, onde constrói uma casa para os finais de semana e para os meses de veraneio.

O encanto do local leva-o a convidar amigos para passarem fins de semana ou temporadas. Esses também se interessam em adquirir um terreno e construir uma casa. O processo se repete e se multiplica. Os intrusos passam, então, a pleitear do poder público a pavimentação da estrada de acesso para facilitar a viagem. Por ela começam a chegar aqueles que pretendem passar apenas um dia. Para atendê-los, aparecem os construtores de pousadas e de hotéis. Casas mais simples passam a ser construídas. A economia das comunidades tradicionais é desmantelada. Os primitivos moradores são empregados pelos donos de mansões, pela rede hoteleira e pelo comércio ou são expulsos do lugar.

Assim, o turismo autofágico acaba subtraindo dos ecossistemas aquáticos marinhos e continentais a beleza que estimulou a sua ocupação. Depois de tornar insuportável o atrativo, os pioneiros ricos saem à procura de outros lugares para iniciar o mesmo processo. Viveram esta trajetória as praias de Tijuca, de Leblon e Ipanema, de Copacabana, de Cabo Frio e Búzios, de Guarapari e arredores, da Bahia e do Nordeste, de um modo geral. O mesmo sucedeu com as lagoas da Região dos Lagos do Estado do Rio e com quase todos os rios.

 O ecologismo, o turismo e as águas

A crise ambiental da atualidade está levando à construção de um novo paradigma ou a uma nova atitude diante da natureza. O ecologismo é que melhor a expressa. Praias, rios e lagoas não são apenas as bordas do mar ou as margens que canalizam um curso d?água ou que encerram uma porção dela. São ecossistemas em que a água, posto que vital, é um dos componentes de um todo complexo incluindo solo, subsolo, estrutura geológica, clima e seres vivos. Como ensina a ecologia, os ecossistemas, por mais generosos que sejam, têm limites. Se estes são infringidos até o ponto de retorno possível, eles tendem a restabelecer o equilíbrio. Caso contrário, é preciso a intervenção humana para restaurá-los.

Em resumo, os ecossistemas aquáticos marinhos e continentais são finitos e devem ser respeitados na sua singularidade. Eles não são depósito de lixo e esgoto. Habitam-no plantas, animais e outros organismos indispensáveis à sua saúde.

Estamos longe ainda de observar os preceitos do novo paradigma. A maioria das pessoas continua deixando a ética na ponta de um pau, como fez Macunaíma ao deixar a Amazônia, quando colocam os pés numa praia, num rio ou numa lagoa. Diante de nós, vislumbramos dois horizontes. Um deles foi bem descrito por Ignácio de Loyola Brandão no romance Não Verás País Nenhum, com praias cercadas e interditadas para o banho, devido à sua poluição, e com rios e lagoas contaminados e secos. O outro consiste no esforço de mudanças culturais, de proteção aos ecossistemas aquáticos e de restauração dos que foram degradados por um turismo consumista e predatório.

Por Arthur Soffiati Fonte: Revista Eco 21, Ano XIII, Edição 77, Abril 2003.

Fonte: Ambiente Brasil

A Natural Vocação da Bahia para o Ecoturismo

Postado por Lucas Rodrigo Gonçalves

A Bahia tem uma acentuada e natural vocação para o ecoturismo, atividade praticada em todo o território baiano e uma das que mais crescem no Estado, beneficiado com a generosidade da natureza. Toda a política estadual de turismo tem se pautado, acima de tudo, na preservação do meio ambiente e na necessidade de conscientizar a população nativa e os turistas da importância de não agredir a mãe natureza.

Para se ter noção do papel que joga o ecoturismo na Bahia, basta dizer que em todas as nove zonas turísticas em que está dividido o território baiano, a atividade é amplamente praticada. De Juazeiro, no Norte, na chamada Região dos Lagos, a Porto Seguro, no Extremo Sul, incluído na Costa do Descobrimento, o que não falta é área e espaço para acolher os ecoturistas.

Mas, é na Chapada Diamantina onde o ecoturismo mais se destaca. A própria geografia da região, a abundância de rios, cachoeiras, corredeiras, serras, grutas e o clima místico que a cerca contribuem consideravelmente para torná-la uma das mais apropriadas do país para a atividade. Ano passado, inclusive, foi escolhida a melhor do Brasil por uma conceituada revista de circulação nacional especializada em turismo, título conquistado em votação dos leitores.

Para conhecer as belas paisagens naturais e o encanto que a Chapada Diamantina desperta nos turistas, é indispensável percorrer as trilhas, onde se pode desfrutar de um autêntico paraíso ecológico como a Cachoeira da Fumaça, Poço Azul, Morro do Pai Inácio, Cachoeira do Sossego, Poço Encantado, Cachoeirinha e muito mais.

A Bahia tem concentrado esforços no trabalho de preservação. E é por isso mesmo que o ecoturismo tem crescido a passos largos. Dos 567.295 quilômetros quadrados da superfície total do Estado, 24.056 quilômetros quadrados representam Unidades de Conservação (APAs, parques, reservas, estações ecológicas, reservas particulares de patrimônio natural e outros) ou Áreas Legalmente Protegidas, .correspondendo a 4,3% do território baiano.

Das 32 APAs (Áreas de Proteção Ambiental), 15 estão localizadas em municípios de interesse turístico. Somando as APAs, parques e reservas resulta um total de 23.456 quilômetros quadrados, equivalentes à extensão do estado de Sergipe, a mais da metade do território da Suíça e ao dobro da área destinada à proteção ambiental pela Costa Rica, país exemplo em ecoturismo.

O imenso potencial em recursos naturais é o que faz a Bahia se destacar no ecoturismo. O ecoturista pode desfrutar de quase 1,2 mil quilômetros de praias, caatingas, montanhas e cerrados. Pois é, para o turismo baiano, preservar e proteger o meio ambiente é uma obrigação.

Cintia Lopes Fonte: Revista Eco 21, Ano XIII, Edição 77, Abril 2003. Turismo na Bahia

Danielle Jordan / AmbienteBrasil
Devem ser publicadas hoje, 29, no Diário Oficial da União novas normas para produtos orgânicos. Até dezembro deste ano a cadeia produtiva deve se adequar.

Foram definidas três instruções normativas que estabelecem normas técnicas para os produtos processados, a certificação para o extrativismo sustentável orgânico e os mecanismos de controle.

Pela regulamentação, o selo orgânico foi unificado e as exigências seguem a um padrão único.

Desde domingo, 24, comemora-se em todo o país a Semana dos Alimentos Orgânicos. A iniciativa do Ministério da Agricultura, tem como objetivo a promoção de eventos para esclarecer a população sobre as vantagens desse tipo de produção e do consumo desses alimentos.

No mês passado um convênio com os correios permitiu a abertura do mercado para o exterior, como mostra a reportagem a seguir:

Por: Danielle Jordan / AmbienteBrasil

Na segunda-feira, dia 20, a primeira remessa de produtos orgânicos de pequenos agricultores foi enviado pelos Correios para o exterior. Um convênio entre o Parque de Tecnologia Social (PTS), o Cexpar (Instituto de Comércio Exterior do Paraná), a Infraero e os Correios, facilita a exportação.

O convênio foi assinado durante a Feira Orgânica 2009, uma das atrações do 28.ª edição da Feira e Convenção Paranaense de Supermercados (Mercosuper).

De acordo com Paulo Cunha, coordenador da  Griffe Orgânica, braço comercial do Parque de Tecnologia Social, países como Canadá,  Estados Unidos, França e Alemanha, já começam a receber mel orgânico, chá e caqui em passas.

Os produtos são enviados pelo Exporta Fácil, dos Correios, que permite que pequenas, médias empresas e pessoas físicas exportem para mais de 200 países de forma facilitada. A alternativa ainda tem como vantagem a redução de custos. Em todo o país oito mil agências estão habilitadas para realizar o serviço.

A medida abre espaço para a produção brasileira no exterior, "até agora são pelo menos seis cooperativas que vão exportar dessa, forma, além de algumas dezenas de produtores", diz Cunha. O coordenador adianta que novas cooperativas e produtores estão interessados na possibilidade e que está conversando com os cooperados para a criação de um consórcio de exportação.


 

Fonte: Ambiente Brasil

Os países que mais emitem gases do efeito estufa se aproximaram de um acordo nas discussões que devem levar à adoção de um novo tratado climático global em dezembro em Copenhague, disse na quinta-feira (28) o ministro de Meio Ambiente do Canadá, Jim Prentice.    

De acordo com ele, as divergências vêm sendo superadas desde um encontro promovido no mês passado em Washington pelo presidente dos EUA, Barack Obama.

"Estou bastante esperançoso com as perspectivas de obter um acordo", disse Prentice à Reuters. "Minha sensação é de que há um consenso entre os países do G8 de que precisamos ter metas específicas em vigor."

"Nem sempre fui tão otimista, mas a convocação do Fórum das Grandes Economias (sobre Energia e Clima) pelo presidente Obama me leva a ter uma confiança considerável."

Ele alertou, porém, que há "muito trabalho a ser feito" antes de qualquer tratado para substituir o Protocolo de Kyoto, que limita as emissões de gases do efeito estufa pelos países desenvolvidos e expira em 2012.

Embora o Canadá seja signatário de Kyoto, o primeiro-ministro Stephen Harper o abandonou logo após assumir o cargo, em 2006, alegando que os cortes exigidos prejudicariam a economia.

As emissões canadenses de gases do efeito estufa estavam em 2005 25,3 por cento acima dos níveis de 1990, enquanto o Protocolo de Kyoto recomendava uma redução de 6 por cento em relação a 1990 até o período de 2008-12.

Na opinião dele, a adoção de metas compulsórias para a redução de emissões seria desejável no próximo tratado, "mas acho que é menos importante do que ter os Estados Unidos como parceiro integral".

O governo de George W. Bush retirou os EUA do Protocolo de Kyoto em 2001, também alegando que seu cumprimento traria prejuízos econômicos.

Pratice defendeu que as medidas ambientais venham acompanhadas de estímulos econômicos para que o mundo saia da recessão. "Nunca vi isso como um jogo de soma zero, onde para promover os seus objetivos ambientais você o faz em detrimento da sua economia", disse ele. "É preciso ter certa prosperidade para guiar o progresso ambiental."

O Canadá, segundo ele, pretende estimular sua economia com investimentos em tecnologia limpa, como as práticas de captura e armazenamento de carbono, que literalmente enterram o dióxido de carbono (CO2) recolhido nas usinas termoelétricas a carvão. "Essa é realmente uma tecnologia na qual o Canadá tem liderado."

Fonte: Estadão Online

Amazônia: desafio de uso sustentável para o século XXI

Postado por Lucas Rodrigo Gonçalves


Durante muito tempo, a Floresta Amazônica foi considerada um obstáculo: havia uma concepção de que o desenvolvimento dependia de derrubar matas. Nos últimos anos, esta visão mudou.


Durante muito tempo, a Floresta Amazônica foi considerada um obstáculo: havia uma concepção de que o desenvolvimento dependia de derrubar matas. Nos últimos anos, esta visão mudou. Temas como derrubadas, queimadas, impacto da exploração madeireira, uso sustentável dos recursos florestais, conservação ambiental e biodiversidade passaram a ser questões fundamentais na atuação do homem sobre este ecossistema. Apesar disso, e do interesse mundial sobre as florestas tropicais, ainda não conseguimos garantir, integralmente, sua preservação e uso racional. Um dos equívocos mais comuns tem sido a transposição de modelos de desenvolvimento de outras regiões, o que tem causado resultados catastróficos para o ambiente e, principalmente, para os habitantes. O desmatamento desordenado de grandes áreas, eliminando as reais opções de renda e melhoria de qualidade de vida destas populações, é condenável sob todos os aspectos. Sem um correto diagnóstico ambiental e socioeconômico da região, continuaremos privilegiando modelos que, além de baixo potencial de emprego, estimulam o êxodo rural e desconsideram as riquezas ambientais e econômicas da região.

É preciso perceber que as características econômicas e sociais de grande parte da Amazônia estão associadas com os recursos florestais. A população rural reside, em sua maioria, nas áreas desmatadas e nela formou sua cultura. Por isso, qualquer programa que pretenda desenvolver de fato a região, sem causar impactos ambientais danosos, deve considerar os recursos florestais como referência.

Nas duas últimas décadas, a Embrapa se empenhou em desenvolver conceitos e estudos de manejo florestal para pequenos produtores e para empresas na região Amazônica. Nos projetos de colonização, por exemplo, os 50% da área de reserva legal, até o momento, têm sido encarados como obstáculo ao desenvolvimento. Só no Acre, onde vivem quase 20 mil famílias em assentamentos, essas áreas de reservas representam mais de 780 mil hectares de floresta tropical.

Pesquisas neste Estado têm mostrado que em 40 hectares, manejados adequadamente, cada família pode obter renda líquida de até R$ 860,00 por ano, trabalhando no máximo três meses com extração e beneficiamento de madeira. Isto significa renda média de R$ 21,00 ao dia, duas vezes mais que o valor pago normalmente no mercado de mão-de-obra rural.

No município de Acrelândia (AC), um programa de treinamento, monitorado pela Embrapa, tem capacitado os produtores em inventários florestais, uso adequado de motosserra e corte seletivo de espécies, planejamento a derrubada e o arraste com tração animal. Além de produzir o mínimo de impacto ambiental, a fórmula tem garantido a segurança das pessoas que lidam com uma atividade de alto risco.

O melhor de tudo é que o modelo não atrapalha a rotina das demais atividades ligadas à agricultura e pecuária e agrega valor a um recurso natural que passa a ser utilizado de forma sustentável. Para se ter uma idéia, na exploração tradicional de madeira, uma tora bruta é comercializada por apenas R$ 30,00, sem contar os danos ambientais que comprometem a existência futura do meio ambiente. O mesmo produto explorado e manejado racionalmente obtém preço médio de R$ 200,00.

O manejo é uma solução que pode ser levada também a médias e grandes empresas. O problema principal, neste caso, tem sido a falta de planejamento. Abatendo árvores de maneira desorganizada e não prevendo uso otimizado pode haver um desperdício de cerca de 65% de cada tora.

Além disso, a degradação do meio compromete o futuro da atividade e o uso econômico de outros produtos da floresta como óleos, resinas, plantas medicinais, látex, frutas e recursos animais. Na Amazônia existem empresas certificadas, que detém o chamado "Selo Verde", concedido a empresas que realizam manejo sustentável adequado de produtos madeireiros.

A base do conhecimento necessário para o manejo de florestas tropicais está no estudo de sua dinâmica. Somente por meio do conhecimento da dinâmica de crescimento e regeneração natural da floresta será possível a previsão de ciclos e taxas de corte adequados, assim como tratamentos silviculturais necessários à produção sustentável. No Acre, o manejo de 10 metros cúbicos de madeira por hectare, num ciclo de 10 anos de exploração, permite a regeneração da mata, tornando o recurso natural uma fonte inesgotável.

Além de buscar alternativas que contribuam para solucionar os problemas da sociedade, por meio do planejamento e do uso sustentável dos recursos naturais, é essencial a interação entre as diferentes esferas dos poderes executivo e legislativo municipal, estadual e federal, a fim de promover as mudanças nas políticas atuais, bem como a proposição de novas políticas que viabilizem a efetiva incorporação destas tecnologias aos processos produtivos. Assim é que recentemente o Governo Federal reduziu de 17 para 3 as exigências de documentos para a aprovação de planos de manejo florestal de baixo impacto para as pequenas propriedades, e o Banco da Amazônia incorporou este procedimento nas opções de financiamento para os pequenos produtores da Amazônia, financiáveis com recursos do Fundo Constitucional do Norte.

É função das instituições de pesquisa viabilizar condições que atendam às expectativas da sociedade e, em particular, do homem da Amazônia, que vive numa região que se mostra como desafio na busca de sustentabilidade para o uso de seus recursos no século XXI. Entretanto, sem estímulo, organização e planejamento, há pouca ou quase nenhuma chance de sucesso. A floresta é um bem de todos e usá-la de forma sustentável é garantir que gerações futuras possam desfrutar também dos benefícios hoje disponíveis.

Alberto Duque Portugal Diretor-Presidente da Embrapa


Fonte: Ambiente Brasil

2030: o ano final do Cerrado

Postado por Lucas Rodrigo Gonçalves

Estudos da ONG ambientalista Conservação Internacional Brasil (CI-Brasil) indicam que o Cerrado deverá desaparecer até 2030.

Estudos da ONG ambientalista Conservação Internacional Brasil (CI-Brasil) indicam que o Cerrado deverá desaparecer até 2030. Dos 204 milhões de ha originais, 57% já foram completamente destruídos e a metade das áreas remanescentes estão bastante alteradas, podendo não mais servir à conservação da biodiversidade. A taxa anual de desmatamento no bioma é alarmante, chegando a 1,5%, ou 3 milhões de ha/ano. As principais pressões sobre o Cerrado são a expansão da fronteira agrícola, as queimadas e o crescimento não planejado das áreas urbanas. A degradação é maior em Mato Grosso do Sul, Goiás e Mato Grosso, no Triângulo Mineiro e no Oeste da Bahia.

O estudo, feito a partir de imagens satélites, é resultado da parceria da CI-Brasil com a ONG Oréades, que tem sede em Mineiros (GO). “O Cerrado perde 2,6 campos de futebol por minuto de sua cobertura vegetal. Essa taxa de desmatamento é dez vezes maior que a da Mata Atlântica, que é de um campo a cada 4 minutos,” explica Ricardo Machado, diretor da CI-Brasil para o Cerrado e um dos autores do estudo. “Muitos líderes e tomadores de decisão defendem, equivocadamente, o desmatamento do Cerrado só porque não é coberto por densas florestas tropicais, como a Mata Atlântica ou a Amazônia. Essa posição ignora o fato de o bioma abrigar a mais rica savana do mundo, com grande biodiversidade, e recursos hídricos valiosos para o Brasil. Nas suas chapadas estão as nascentes dos principais rios das bacias Amazônica, do Prata e do São Francisco.”

Entre os problemas provocados pelo desmatamento no Cerrado estão a degradação de rios importantes como o São Francisco e o Tocantins, e a destruição de hábitat que compromete a sobrevivência de milhares de espécies, muitas delas endêmicas, ou seja, que só ocorrem ali e em nenhum outro lugar do Planeta, como o papagaio-galego (Amazona xanthops) e a raposa-do-campo (Dusicyon vetulus). Junto com a biodiversidade estão desaparecendo ainda as possibilidades de uso sustentável de muitos recursos, como plantas medicinais e espécies frutíferas que são abundantes no Cerrado.


Segundo a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, já foram catalogadas mais de 330 espécies de uso na medicina popular no Cerrado. A Arnica (Lychnophora ericoides), o Barbatimão (Stryphnodendron adstringens), a Sucupira (Bowdichia sp.), o Mentrasto (Ageratum conyzoide) e o Velame (Macrosiphonia velame) são alguns exemplos.

“Além de calcular a velocidade do desmatamento, o estudo da CI-Brasil também mapeou os principais remanescentes desse bioma, analisando a situação de sua cobertura vegetal”, explica Mário Barroso, gerente do programa do Cerrado da Conservação Internacional Brasil e co-autor do estudo. “Esses dados serão incorporados à nossa estratégia de conservação para o bioma, que está baseada na implementação de corredores de biodiversidade.”

Os corredores de biodiversidade evitam o isolamento das áreas protegidas, garantindo o trânsito de espécies por um mosaico de unidades ambientalmente sustentáveis - parques, reservas públicas ou privadas, terras indígenas, além de propriedades rurais que desenvolvem atividades produtivas resguardando áreas naturais. Hoje, a CI-Brasil está implementando seis corredores de biodiversidade em regiões do Cerrado: Emas-Taquari, Araguaia, Paranã, Jalapão, Uruçuí-Mirador e Espinhaço. O IBAMA, a SEMARH - Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado de Goiás, a Universidade de Brasília e ONGs locais estão entre os parceiros da CI-Brasil nesses corredores.

Dados subsidiam ações de conservação

Os dados do desmatamento no Cerrado começam a ser apresentados pela CI-Brasil e seus parceiros a tomadores de decisão dos mais diversos níveis. Em reunião do Conselho Nacional de Biodiversidade - CONABIO, no início de Julho, o estudo foi apresentado ao Secretário de Biodiversidade e Florestas, João Paulo Capobianco. Depois da apresentação, o Secretário declarou que o Ministério do Meio Ambiente criará um grupo específico para discussão de medidas emergenciais para o Cerrado, como foi feito para a Amazônia e a Mata Atlântica.

No Estado de Goiás, que possui muitos remanescentes nativos valiosos de Cerrado, a apresentação do estado de conservação do Vale no Paranã ao Conselho Estadual do Meio Ambiente resultou na criação de Câmara Técnica temporária que discutirá e proporá ações de controle sobre o desmatamento na área. O Vale do Paranã, localizado na divisa dos Estados de Goiás e Tocantins, é considerado um centro de endemismo de aves, tem a maior concentração no Cerrado de um tipo de formação vegetal conhecido como floresta seca, e é remanescente de um corredor natural que ligava a Caatinga ao Chaco paraguaio há cerca de 20 mil anos. O trabalho da CI-Brasil na área é feito em parceria com a Embrapa Recursos Genéticos, a Universidade de Brasília e as organizações não-governamentais Pequi e Funatura.

No Corredor de Biodiversidade Emas-Taquari, que compreende áreas no Sudoeste de Goiás, Sudeste de Mato Grosso e Centro-Norte de Mato Grosso do Sul, os dados de desmatamento estão sendo compartilhados com as prefeituras municipais de 17 municípios. Com o Projeto Municípios do Corredor de Biodiversidade, a CI-Brasil em parceria com as ONGs Oréades e Oikos está fortalecendo órgãos de meio ambiente municipais e estudais em cada cidade.

Técnicos e gestores foram capacitados para o levantamento local de dados, confecção de mapas e aplicação da legislação ambiental. O projeto inclui ainda a criação de núcleos de educação ambiental e o envolvimento de outros atores locais, como lideranças comunitárias e promotores públicos.

“Para frear a destruição do Cerrado, os investimentos do Governo Federal na próxima safra agrícola devem incluir ações de conservação, especialmente na proteção de mananciais hídricos, na recuperação de áreas degradadas e na manutenção de unidades de conservação”, defende Machado. “Se o Governo, as empresas e a sociedade civil se mobilizarem para a criação de um fundo para a conservação do Cerrado associado aos investimentos destinados à produção de grãos, aí sim estaremos implementando, de forma justa e efetiva, a transversalidade da política ambiental no Brasil”.

Revista Eco 21, Ano XIV, Edição 92, Julho 2004. (www.eco21.com.br) - Andrea Margit Jornalista

Os ambientalistas decidiram reagir à ofensiva de representantes do agronegócio por mudanças no Código Florestal. O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, reuniu na quarta-feira (20) parlamentares ambientalistas, organizações não governamentais e movimentos sociais ligados à reforma agrária para definir uma agenda comum e selar o que chamou de “aliança história da ecologia com a agricultura familiar”.

Segundo Minc, os ambientalistas até concordam em flexibilizar alguns pontos da legislação ambiental vigente, mas só para os pequenos agricultores. Entre as concessões, o ministro admite a possibilidade de compensação do desmatamento em áreas fora da propriedade – desde que no mesmo bioma – e a utilização de espécies não nativas para recomposição do que foi desmatado, com a utilização de árvores frutíferas.

As posições ambientalistas sobre as propostas de mudança do código vão ser levadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O documento ainda deve incluir a defesa do pagamento de serviços ambientais para quem preservar e a simplificação da averbação de reserva legal nas pequenas propriedades. Minc disse que o acordo é “uma injeção de ânimo” diante da “ação desproporcional” de setores do agronegócio na discussão da revisão do Código Florestal até agora.

“Há um rolo compressor conservador que está crescendo no governo, no parlamento e na sociedade. O ministro da Agricultura estimula esse movimento. Eu não quero uma derrota honrosa. Temos que nos articular para derrotar politicamente quem está usando a agricultura familiar como desculpa”, afirmou.

Segundo a representante da ONG TNC (The Nature Conservacy) no Brasil, Ana Cristina Barros, o agronegócio está utilizando o argumento de defesa dos pequenos produtores para tentar aprovar as mudanças na legislação. “A CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) está colocando a agricultura familiar no escudo do debate. É importante deixar claro que a agricultura familiar tem sua própria representação.”

Apesar da “aliança” entre ambientalistas e pequenos produtores, ainda há divergências entre os dois setores, principalmente em relação à produção em áreas de várzea e a definição dos limites mínimos de preservação ao longo das margens de rios. A Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) defende que órgãos ambientais dos estados sejam os responsáveis pela definição do tamanho da Área de Preservação Permanente (APP), a partir de estudos específicos em cada região. Minc admite no máximo a diferenciação por biomas, sem abrir mão de regras com validade nacional. (Fonte: Luana Lourenço/ Agência Brasil)

Fonte: Ambiente Brasil

Por: Danielle Jordan / AmbienteBrasil


Na última terça-feira (19), o Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), discutiu na Câmara Técnica de Controle e Qualidade Ambiental a proposta que prevê a implantação do Programa de Inspeção e Manutenção de Veículos em Uso, no mesmo dia em que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou um plano de redução de emissões de gases causadores do efeito estufa.

O programa brasileiro pretende medir a quantidade de poluentes emitidos pelos veículos, mas só deve ser votado no meio deste ano, de acordo com a secretária de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Suzana Kahn.

“As discussões já estão bem avançadas, a parte técnica da proposta é o resultado de um trabalho intenso feito por instituições como o InMetro, Departamento Nacional de Trânsito ( Denatran), estados - especialmente o Rio de Janeiro e São Paulo - e a prefeitura de São Paulo”, afirmou Kahn durante o evento.

Nos Estados Unidos as normas passam a vigorar em 2012. Com um corte de 30% nas emissões, os veículos precisarão apresentar padrões mais elevados de eficiência. Automóveis e caminhões leves, por exemplo, deverão ter como padrão 15 km por litro de combustível.

A medida representa economia de combustível, redução de poluentes na atmosfera e impulsionará as pesquisas em investimentos nas montadoras.

Fonte: Ambiente Brasil

Fibra de crustáceos ajuda a despoluir água

Postado por Lucas Rodrigo Gonçalves

Substância retirou 100% dos corantes produzidos por indústrias têxteis. Pesquisa foi realizada no Instituto de Química da UnB!!!!

Fabiana Vasconcelos e Camila Dumiense
Da Assessoria de Comunicação da UnB

Caranguejos e camarões têm na carapaça uma fibra aliada da proteção do meio ambiente. Pesquisas realizadas na Universidade de Brasília apontam que a quitina - principal componente do esqueleto externo de crustáceos - ajuda a despoluir a água processada por indústrias têxteis, setor responsável por cerca de 3,5% do Produto Interno Bruto brasileiro.

A equipe do Instituto de Química da UnB descobriu que a quitosana, um polímero natural obtido a partir da quitina, limpa 100% de amostras de água contaminadas pelo corante índigo, um pigmento azul muito utilizado por fábricas de jeans. Isso ocorre porque a quitosana tem a capacidade de absorver a tinta.

A "limpeza" da água ocorre com a utilização da quitosana associada a semicondutores, como o óxido de zinco. Outro teste de laboratório revelou que essa mistura, quando submetida à radiação ultravioleta, degrada o corante em gás carbônico e água. A equipe da UnB conseguiu reproduzir o experimento a partir de um fotorreator construído pela própria universidade.

"O óxido de zinco é sensível à luz. Desde que se coloque iluminação ultravioleta adequada, os elétrons vão ser promovidos para fazer a reação e destruir os contaminantes", explica o doutorando do Instituto de Química Jonas Pertusatti. A UnB é pioneira nesse tipo de técnica.

Virgínia Soares/UnB Agência


FÁBRICAS- Os testes ainda estão em escala de laboratório, mas podem representar uma nova forma de tratar poluentes. Hoje, a maioria das fábricas filtram o corante, e o material é guardado em estaleiros após atingir o estado sólido. Além de as empresas terem de pagar pelo armazenamento da substância, a prática aumenta o passivo ambiental – responsabilidade social da empresa com aspectos ambientais.

Pela técnica desenvolvida na UnB, as indústrias vão conseguir retirar a tinta da água e, em vez de transformar o resíduo em blocos, poderão degradá-lo em água e gás carbônico. A quitosana pode, ainda, ser reutilizada. Estudos anteriores, com outras características, mostraram possibilidade de reuso em até 15 vezes. O artigo científico a esse respeito esteve entre os mais acessados no Journal of Colloid and Interface, em 2006.

Virgínia Soares/UnB Agência


BENEFÍCIOS- A descoberta reduz o custo do processo de degradação dos contaminantes. Algumas empresas utilizam apenas óxidos metálicos para limpar a água. Com a adição da quitosana, as indústrias poderão economizar, uma vez que o preço dessa substância é bem menor do que o dos semicondutores. "Queríamos um material de baixo custo e que apresentasse bons resultados", afirma o professor Alexandre Gustavo Soares do Prado, coordenador dos estudos.

O uso da quitosana barateia o processo e ainda oferece uma alternativa de renda aos catadores de caranguejo. "A casca do caranguejo, na maioria das vezes, é jogada fora. Ao utilizar a quitosana para degradar contaminantes, aproveitamos algo que acaba virando lixo", afirma o professor Alexandre Gustavo. "É uma forma de usar uma tecnologia nacional a favor da população", diz.

O presidente da Associação dos Catadores de Caranguejo do Povoado Brejão, em Sergipe, José Fausto, diz nunca ter imaginado esse uso para o crustáceo e acredita que uma demanda maior seria positiva. "A comunidade sobrevive do caranguejo. De novembro a janeiro, quando a oferta é alta, o preço cai e nós trabalhamos três dias por semana para não acumular mercadoria", diz. "Seria excelente, porque teríamos mais pessoas trabalhando e tendo seu sustento". Hoje, a comunidade vende, por semana, cerca de 3 mil animais a R$ 0,60 cada.

Responsável pela área de Tecnologia da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção, Sílvio Napoli, diz que a inovação seria bem-vinda. "Quem trabalha precisa ver funcionar na prática. Desde que tivesse um custo mais baixo, por que não usar?", diz. "Nós, os produtores, temos uma verdadeira obsessão pela conservação da natureza".

A substância da carapaça de caranguejos é pesquisada pela UnB desde 2002. Enquanto os estudos prosseguem, a equipe avalia o uso da quitosana para liberação controlada de substâncias usando nanotecnologia. As análises darão mais um uso ambiental para a substância, atualmente matéria-prima em uma série de suplementos alimentares que aumentam a sensação de saciedade e reduzem o colesterol.

Alexandre Gustavo Soares do Prado pelo e-mail agspradus@gmail.com.
Jonas Pertusatti pelo e-mail jonaspertusatti@gmail.com.

O que é Biologia?

Postado por Lucas Rodrigo Gonçalves


 

  • Introdução:

A biologia é o ramo da Ciência que estuda os seres vivos (do grego βιος - bios = vida e λογος - logos = estudo, ou seja o estudo da vida). Debruça-se sobre as características e o comportamento dos organismos, a origem de espécies e indivíduos, e a forma como estes interagem uns com os outros e com o seu ambiente. A biologia abrange um espectro amplo de áreas acadêmicas frequentemente consideradas disciplinas independentes, mas que, no seu conjunto, estudam a vida nas mais variadas escalas. A vida é estudada à escala atômica e molecular pela biologia molecular, pela bioquímica e pela genética molecular, ao nível da célula pela biologia celular e à escala multicelular pela fisiologia, pela anatomia e pela histologia. A biologia do desenvolvimento estuda a vida ao nível do desenvolvimento ou ontogenia do organismo individual. Subindo na escala para grupos de mais que um organismo, a genética estuda como funciona a hereditariedade entre progenitores e a sua descendência. A etologia estuda o comportamento dos indivíduos. A genética populacional trabalha ao nível da população, enquanto que a sistemática trabalha com linhagens de muitas espécies. As ligações de indivíduos, populações e espécies entre si e com os seus habitats são estudadas pela ecologia e pela biologia evolutiva. Uma nova área, altamente especulativa, a astrobiologia (ou xenobiologia) estuda a possibilidade de vida para lá do nosso planeta. A biologia clínica constitui a área especializada da biologia profissional, para Diagnose em saúde e qualidade de vida, dos processos orgânicos eticamente consagrados.

  • Princípios da biologia:

Apesar de, ao contrário da física, a biologia não descrever os sistemas biológicos em termos de objectos que obedecem a leis imutáveis descritas de forma matemática, não deixa de ser caracterizada por um certo número de princípios e conceitos nucleares: universalidade, evolução, diversidade, continuidade, homeostase e interacção.

  • Universalidade: bioquímica, células e o código genético

Existem muitas unidades universais e processos comuns que são fundamentais para todas as formas de vida. Por exemplo, quase todas as formas de vida são constituídas por células que, por sua vez, funcionam segundo uma bioquímica comum baseada no carbono. A exceção a essa regra são os vírus e os príons, que não são compostos por células. Os primeiros assumem uma forma cristalizada inativa e só se reproduzem com o aparelho nuclear das células alvo. Os príons por sua vez, são proteínas auto replicantes-infectantes, que causam, por exemplo, a encefalopatia bovina espongiforme (ou "mal da vaca louca" ). Todos os organismos transmitem a sua hereditariedade através de material genético baseado em ácidos nucleicos, podendo ser ou DNA (Ácido desoxirribonucléico) ou RNA (Ácido ribonucléico), usando um código genético universal. Durante o desenvolvimento o tema dos processos universais está também presente: por exemplo, na maioria dos organismos metazoários, os passos básicos do desenvolvimento inicial do embrião partilham estágios morfológicos semelhantes e envolvem genes similares.

  • Evolução: o princípio central da biologia

Um dos conceitos nucleares e estruturantes em biologia é que toda a vida descende de um ancestral comum mediante um processo de evolução. De fato, é uma das razões pelas quais os organismos biológicos exibem a notável similaridade de unidades e processos discutida na seção anterior. Charles Darwin estabeleceu a evolução como uma teoria viável ao enunciar a sua força motriz: a seleção natural. (Alfred Russel Wallace é comumente reconhecido como co-autor deste conceito). A deriva genética foi admitida como um mecanismo adicional na chamada síntese moderna. A história evolutiva duma espécie, que descreve as várias espécies de que aquela descende e as características destas, juntamente com a sua relação com outras espécies vivas, constituem a sua filogenia. A elaboração duma filogenia recorre às mais variadas abordagens, desde a comparação de genes no âmbito da biologia molecular ou da genómica até comparação de fósseis e outros vestígios de organismos antigos pela paleontologia. As relações evolutivas são analisadas e organizadas mediante vários métodos, nomeadamente a filogenia, a fenética e a cladística. Os principais eventos na evolução da vida, tal como os biólogos os vêem, podem ser resumidos nesta cronologia evolutiva.


 

  • Diversidade: a variedade dos organismos vivos

Apesar da unidade subjacente, a vida exibe uma diversidade surpreendente em termos de morfologia, comportamento e ciclos de vida. A classificação de todos os seres vivos é uma tentativa de lidar com toda esta diversidade, e o objecto de estudo da sistemática e da taxonomia. A taxonomia separa os organismos em grupos chamados taxa, enquanto que a sistemática procura estabelecer relações entre estes. Uma classificação científica deve reflectir as árvores filogenéticas, também chamadas árvores evolutivas, dos vários organismos. Tradicionalmente, os seres vivos são divididos em cinco reinos:

Monera -- Protista -- Fungi -- Plantae -- Animalia

Contudo, vários autores consideram este sistema desactualizado. Abordagens mais modernas começam geralmente com o sistema dos três domínios:


 

Archaea (originalmente Archaebacteria) -- Bacteria (originalmente Eubacteria) -- Eukaryota


 

Estes domínios são definidos com base em diferenças a nível celular, como a presença ou ausência de núcleo e a estrutura da membrana exterior. Existe ainda toda uma série de parasitas intracelulares considerados progressivamente menos "vivos" em termos da sua actividade metabólica:

Vírus -- Viróides -- Priões

  • Homeostase: adaptação à mudança

A homeostase é a propriedade de um sistema aberto de regular o seu ambiente interno de modo a manter uma condição estável mediante múltiplos ajustes de um equilíbrio dinâmico controlados pela interação de mecanismos de regulação. Todos os organismos, unicelulares e multicelulares, exibem homeostase. A homeostase pode-se manifestar ao nível da célula, na manutenção duma acidez (pH) interna estável, do organismo, na temperatura interna constante dos animais de sangue quente, e mesmo do ecossistema, no maior consumo de dióxido de carbono atmosférico devido a um maior crescimento da vegetação provocado pelo aumento do teor de dióxido de carbono na atmosfera. Tecidos e órgãos também mantêm homeostase.

  • Interacção: grupos e ambientes

Todo o ser vivo interage com outros organismos e com o seu ambiente. Uma das razões pelas quais os sistemas biológicos são tão difíceis de estudar é precisamente a possibilidade de tantas interacções diferentes com outros organismos e com o ambiente. Uma bactéria microscópica reagindo a um gradiente local de açúcar está a reagir ao seu ambiente exactamente da mesma forma que um leão está a reagir ao seu quando procura alimento na savana africana. Dentro duma mesma espécie ou entre espécies, os comportamentos podem ser cooperativos, agressivos, parasíticos ou simbióticos. A questão torna-se mais complexa à medida que um número crescente de espécies interage num ecossistema. Este é o principal objecto de estudo da ecologia.

  • Âmbito da biologia

A biologia tornou-se um campo de investigação tão vasto que geralmente não é estudada como uma única disciplina, mas antes dividida em várias disciplinas subordinadas. Considerámos aqui quatro grandes agrupamentos. O primeiro consiste nas disciplinas que estudam as estruturas básicas dos sistemas vivos: células, genes, etc.; um segundo agrupamento aborda o funcionamento destas estruturas ao nível dos tecidos, órgãos e corpos; um terceiro incide sobre os organismos e o seu ciclo de vida; um último agrupamento de disciplinas foca-se nas interacções. Note-se, contudo, que estas descrições, estes agrupamentos e as fronteiras entre estes são apenas uma descrição simplificada do todo que é a investigação biológica. Na realidade, as fronteiras entre disciplinas são muito fluidas e a maioria das disciplinas recorre frequentemente a técnica doutras disciplinas. Por exemplo, a biologia evolutiva apoia-se fortemente em técnicas da biologia molecular para determinar sequências de DNA que ajudam a perceber a variação genética dentro duma população; e a fisiologia recorre com frequência à biologia celular na descrição do funcionamento dos sistemas de órgãos.

  • Estrutura da Vida:

A biologia molecular é o estudo da biologia ao nível molecular, sobrepondo-se em grande parte com outras áreas da biologia, nomeadamente a genética e a bioquímica. Ocupa-se essencialmente das interacções entre os vários sistemas celulares, incluindo a correlação entre DNA, RNA e a síntese proteica, e de como estas interacções são reguladas. A biologia celular estuda as propriedades fisiológicas das células, bem como o seu comportamento, interacções e ambiente, tanto ao nível microscópico como molecular. Ocupa-se tanto de organismos unicelulares como as bactérias, como de células especializadas em organismos multicelulares como as dos humanos. Compreender a composição e o funcionamento das células é essencial para todas as ciências biológicas. Avaliar as semelhanças e as diferenças entre os diferentes tipos de células é particularmente importante para estas duas disciplinas, e é a partir destas semelhanças e diferenças fundamentais que emerge um padrão unificador que permite que os princípios deduzidos a partir dum tipo de célula sejam extrapolados e generalizados para outros tipos de célula. A genética é a ciência dos genes, da hereditariedade e da variação entre organismos. Na investigação moderna, providencia ferramentas importantes para o estudo da função dum gene particular e para a análise de interacções genéticas. Nos organismos, a informação genética normalmente está nos cromossomas, mais concretamente, na estrutura química de cada uma das moléculas de DNA. Os genes codificam a informação necessária para a síntese de proteínas que, por sua vez, desempenham um papel essencial, se bem que longe de absoluto, na determinação do fenótipo do organismo. A biologia do desenvolvimento estuda o processo pelo qual os organismos crescem e se desenvolvem. Confinada originalmente à embriologia, nos nossos dias estuda o controle genético do crescimento e diferenciação celular e da morfogénese, o processo que dá origem aos tecidos, órgãos e à anatomia em geral. Entre as espécies privilegiadas nestes estudos encontram-se o nemátode Caenorhabditis elegans, a mosca-do-azeite Drosophila melanogaster, o peixe-zebra Brachydanio rerio ou Danio rerio, o camundongo Mus musculus, e a erva Arabidopsis thaliana.

  • Fisiologia dos organismos:

A fisiologia estuda os processos mecânicos, físicos e bioquímicos dos organismos vivos, tentando compreender como as várias estruturas funcionam como um todo. É tradicionalmente dividida em fisiologia vegetal e fisiologia animal, mas os princípios da fisiologia são universais, independentemente do organismo estudado. Por exemplo, informação acerca da fisiologia duma célula de levedura também se aplica a células humanas, e o mesmo conjunto de técnicas e métodos é aplicado à fisiologia humana ou à de outras espécies, animais e vegetais. A anatomia é uma parte importante da fisiologia e estuda a forma como funcionam e interagem os vários sistemas dum organismo, como, por exemplo, os sistemas nervoso, imunitário, endócrino, respiratório e circulatório. O estudo destes sistemas é partilhado com disciplinas da medicina como a neurologia, a imunologia e afins.

  • Diversidade e evolução dos organismos

A biologia evolutiva ocupa-se da origem e descendência das espécies, bem como da sua modificação ao longo do tempo, ou seja, da sua evolução. É uma área heterogénea onde trabalham investigadores oriundos das mais variadas disciplinas taxonómicas, tais como a mamalogia, a ornitologia e a herpetologia, que usam o seu conhecimento sobre esses organismos para responder a questões gerais de evolução. Inclui ainda os paleontólogos que estudam fósseis para responder a questões acerca do modo e do tempo da evolução, e teóricos de áreas como a genética populacional e a teoria evolutiva. Na década de 1990, a biologia do desenvolvimento recuperou o seu papel na biologia evolutiva após a sua exclusão inicial da síntese moderna. Áreas como a filogenia, a sistemática e a taxonomia estão relacionadas com a biologia evolutiva e são por vezes consideradas parte desta. As duas grandes disciplinas da taxonomia são a botânica e a zoologia. A botânica ocupa-se do estudo das plantas e abrange um vasto leque de disciplinas que estudam o seu crescimento, reprodução, metabolismo, desenvolvimento, doenças e evolução. A zoologia ocupa-se do estudo dos animais, incluindo aspectos como a sua fisiologia, anatomia e embriologia. Tanto a botânica como a zoologia se dividem em disciplinas menores especializadas em grupos particulares de animais e plantas. A taxonomia inclui outras disciplinas que se ocupam doutros organismos além das plantas e dos animais, como, por exemplo, a micologia, que estuda os fungos. Os mecanismos genéticos e de desenvolvimento partilhados por todos os organismos são estudados pela biologia molecular, pela genética molecular e pela biologia do desenvolvimento.


 

  • Classificação da vida

O sistema de classificação dominante é conhecido como taxonomia lineana, que inclui conceitos como a estruturação em níveis e a nomenclatura binomial. A atribuição de nomes científicos a organismos é regulada por acordos internacionais como o Código Internacional de Nomenclatura Botânica (ICBN), o Código Internacional de Nomenclatura Zoológica (ICZN), e o Código Internacional de Nomenclatura Bacteriana (ICNB). Um esboço dum código único foi publicado em 1997 numa tentativa de uniformizar a nomenclatura nas três áreas, mas que parece não ter sido ainda adotado formalmente. O Código Internacional de Classificação e Nomenclatura de Vírus (ICVCN) não foi incluído neste esforço de uniformização.

  • Interações entre organismos

A ecologia estuda a distribuição e a abundância dos organismos vivos, e as interações dos organismos entre si e com o seu ambiente. O ambiente de um organismo inclui não só o seu habitat, que pode ser descrito como a soma dos fatores abióticos locais tais como o clima e a geologia, mas também pelos outros organismos com quem partilha o seu habitat. Os sistemas ecológicos são estudados a diferentes níveis, do individual e populacional ao do ecossistema e da biosfera. A ecologia é uma ciência multidisciplinar, recorrendo a vários outros domínios científicos. A etologia estuda o comportamento animal (com particular ênfase nos animais sociais como os primatas e os canídeos) e é por vezes considerada um ramo da zoologia. Uma preocupação particular dos etólogos prende-se com a evolução do comportamento e a sua compreensão em termos da teoria da seleção natural. De certo modo, o primeiro etólogo moderno foi Charles Darwin, cujo livro The expression of the emotions in animals and men influenciou muitos etólogos.

  • História da Biologia:

Formado por combinação do grego βίος (bios), que significa vida, e λόγος (logos), que significa palavra, ideia, a palavra biologia no seu sentido moderno parece ter sido introduzida independentemente por Gottfried Reinhold Treviranus (Biologie oder Philosophie der lebenden Natur, 1802) e por Jean-Baptiste Lamarck (Hydrogéologie, 1802). A palavra propriamente dita pode ter sido cunhada em 1800 por Karl Friedrich Burdach, mas aparece no título do Volume 3 da obra de Michael Christoph Hanov Philosophiae naturalis sive physicae dogmaticae: Geologia, biologia, phytologia generalis et dendrologia, publicada em 1766.


 

Fonte: Wikipédia

CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

Postado por Lucas Rodrigo Gonçalves

O estudo da vida é apenas o ponto de partida para o biólogo. Daí em diante, quem segue essa carreira tem um mercado de trabalho muito amplo. Pode, por exemplo, dedicar-se a temas atuais, como as pesquisas de célula-tronco, optar pelo mundo acadêmico ou ainda estudar o meio ambiente. O profissional pesquisa a origem, a evolução, a estrutura e o funcionamento dos seres vivos. Analisa as relações entre os diversos seres e entre eles e o meio ambiente. É fundamental na descoberta de aplicações de organismos na indústria e na medicina, na fabricação de medicamentos, bebidas e alimentos.

"O desenvolvimento econômico muitas vezes é colocado como algo a ser alcançado a qualquer custo, e às vezes trabalhar em conflito com isso é um desafio. Assim, o biólogo que escolher a docência precisa, além de gostar de pedagogia, perceber sua importância na formação básica dos jovens, tratando de assuntos como saúde pública, tratamento do lixo, escassez da água, qualidade do ar e o uso de combustíveis fósseis", explica Rodrigo Leão de Moura, 36 anos, biólogo da Conservação Internacional, em Caravelas (BA). Em tempos de crise ambiental, em que a degradação dos recursos naturais do planeta dá sinais de que estamos à beira do colapso, a figura do biólogo faz-se fundamental. "Trabalho em um programa de conservação marinha, no qual delineamos redes de áreas protegidas para preservar as espécies e para garantir a manutenção do potencial pesqueiro de forma sustentável. Em boa parte do tempo as atividades são em campo, com coleta de dados, estudo da biodiversidade dos recifes e monitoramento das áreas para avaliar os efeitos da proteção e da ausência dela", diz Moura.

O mercado de trabalho

Genoma, biologia molecular e bioinformática (desenvolvimento de programas para estudos do genoma) são as áreas que mais crescem para o biólogo, com as melhores ofertas no sudeste e sul do país. As regiões Norte e Nordeste têm especial demanda pelos profissionais dedicados à área ambiental, principalmente em órgãos públicos, elaborando relatórios de impacto ambiental. Os investimentos em pesquisa de biocombustíveis também geram emprego, especialmente no Sudeste e Centro-Oeste. Uma área que desponta é a de biologia agrícola, na qual o profissional realiza o manejo da fauna e da flora e a recuperação de locais degradados, especialmente no Norte e Nordeste. "No país, a procura ainda é maior por um profi ssional muito especializado. Por isso, vários alunos ingressam diretamente no mestrado ou no doutorado antes de entrar para o mercado de trabalho", conta Marcílio de Almeida, coordenador do curso de Ciências Biológicas da Universidade de São Paulo (USP), campus Piracicaba. 

O curso

Que ninguém se iluda: o currículo de Ciências Biológicas é carregado de matemática. Aulas de física e estatística dividem a grade com as disciplinas específicas, como zoologia, genética e botânica. Durante os quatro anos de curso há também práticas de laboratório e pesquisa em campo. Ainda que não seja remunerado, um estágio vale muito na hora de procurar uma colocação no mercado. Algumas escolas exigem trabalho de conclusão de curso. Para dar aulas no ensino fundamental ou médio é preciso cursar a licenciatura que, em algumas instituições, são oferecidas com diferentes denominações, como Ciências (biologia), Ciências Naturais (biologia) e Educação (ciências biológicas). Como em qualquer área, para lecionar no ensino superior é necessário ter pós-graduação. 

Outros nomes: Biol; Biol. e Quím.; Ciên.; Ciên. (biol. e quím.); Ciên. (biol.); Ciên. da Natureza; Ciên. da Natureza (biol.); Ciên. da Natureza para o Ens. Fundam., Ciên. Naturais; Ciên. Naturais (biol.); Educ. (ciên. biol.); Educ. (ciên.: biol.).

O que você pode fazer

  • Bioinformática Desenvolver programas de computação para uso em pesquisas genéticas.
  • Biologia marinha Pesquisar o cultivo, a reprodução e o beneficiamento de animais e organismos no mar ou em água doce.
  • Controle de pragas e vetores Planejar e aplicar técnicas para controlar a transmissão de doenças entre animais e diminuir o impacto de pragas em lavouras.
  • Ensino Lecionar em escolas do ensino fundamental, médio ou em faculdades. .
  • Genética e biotecnologia Criar, manipular, reproduzir e estudar organismos em laboratório, buscando a melhoria de espécies animais e vegetais. Pesquisar a utilização de microrganismos na produção de medicamentos e alimentos. Realizar exames para o diagnóstico de doenças genéticas ou a determinação da paternidade, com base na análise de DNA.
  • Gerenciamento costeiro Administrar o uso do mar e do solo em regiões costeiras, com o objetivo de minimizar o impacto na biodiversidade e preservar a qualidade de vida na região.
  • Meio ambiente Promover programas de preservação de animais e vegetais, em órgãos públicos, ONGs, parques e reservas ecológicas. Elaborar relatórios de impacto ambiental.
  • Microbiologia Investigar bactérias, fungos e vírus para a produção de alimentos e remédios


 

Fonte: Guia do Estudante

Compare Produtos, Lojas e Preços

Deixe seu recado!

Add to Technorati Favorites
BuscaPé, líder em comparação de preços na América Latina
Anúncio provido pelo BuscaPé